sábado, 2 de julho de 2022

Primeira Temporada: Prólogo

Esta semana, vamos descobrir o que motivou nossos aventureiros a largar suas vidas comuns e desbravar os ermos do Marco Ocidental. Sente-se ao redor de nossa fogueira e ouça nossa história...   
  

  
  
Em jogos old school, a criação de personagens é rápida e concisa. Também não é comum uma descrição detalhada do passado dos personagens, afinal, todos são aventureiros iniciantes, que acabaram de largar uma vida normal (e, geralmente, muito pobre) para tentar a sorte em masmorras e vilas longínquas. No entanto, é importante uma motivação, uma explicação de como esse grupo se conheceu e de o porquê de andarem juntos com um objetivo em comum.

Minha decisão como Mestre começou antes mesmo da criação dos personagens; ela ocorreu no momento da escolha dos módulos. Eu queria começar com os dois primeiros módulos de D&D: o "B1 - In Search of the Unknown" e "B2 - The Keep on the Borderlands". Eram escolhas óbvias tanto por serem, talvez, os dois módulos mais conhecidos do D&D básico mas também porque fechavam um com o outro. Então, tínhamos um forte e uma ruína próxima (não pretendo usar as cavernas do caos apresentadas no B2, apenas o forte e seus personagens).

Também queria que os personagens fossem forasteiros, totalmente desconhecidos na área.O módulo B1 apresenta a opção de que um dos personagens encontrou um mapa para as cavernas de Quasqueton, onde a aventura se passa. Por que não aproveitar esse gancho? Assim, era só determinar quem seria o herdeiro do mapa.

Durante a primeira sessão, rolamos os personagens: 3d6 em ordem, sem choro. Bruna criou uma guerreira humana, Guilherme criou um halfling clérigo, Jonathas criou um gnomo ladrão e Daniel criou um gnomo ilusionista. Brincamos com a ideia dos dois gnomos serem irmãos e acabamos gostando da ideia. Pronto, eis o prólogo perfeito!

Adoven, Guardião de Yondalla

Nossa história começa há mais de 150 anos, quando os pais dos irmãos Fitzgibbons trabalharam na construção da fortaleza de Rogahn, o Destemido, e Zelligar, o Oculto. Esses são nomes lendários em Faerun. Mesmo um jovem qualquer de um vilarejo distante das grandes cidades já ouviu sobre os feitos deles, realizados muitos anos atrás. Os anciãos e sábios citam os dois com respeito, até mesmo com veneração, alguns com um tom de medo.

Rogahn, o Destemido, ganhou seu renome como um grande guerreiro, líder de homens leais e que dariam a vida por seu senhor. Zelligar, o Oculto, sempre teve a reputação de ser um dos maiores magos de Cormyr, um praticante da Arte como nenhum outro.

Ninguém sabe como o destino aproximou esses dois homens, mas a lenda conta de sua amizade sincera e profunda e de seu acordo que durou por gerações. Também conta sobre o forte que os dois construíram, incrustado em uma colina de rocha sólida chamada Quasqueton, longe das principais rotas de comércio e distante o suficiente do mais minúsculo vilarejo que encontraram.

Clyde, a Maça de Selûne

A batalha mais conhecida ocorreu há cerca de 100 anos, quando os dois e seus homens lutaram ao lado de Cormyr contra uma invasão goblinoide. É dito que Rogahn eliminou hordas inteiras apenas com seus punhos e que Zelligar conseguiu enfeitiçar todo o restante do exército goblinoide, fazendo com que eles se matassem entre si.

No entanto, a parte que nos interessa é o fim da história. Após inúmeras aventuras, os dois simplesmente desapareceram. Informações sobre ambos perderam-se no tempo, assim como a localização de seu forte.

Elisande, Filha de Brida

Essas histórias sempre soaram como lendas, contos fantásticos sobre dois heróis de tempos antigos, até o último inverno. A senhora Caitriona Agathocles Muckbuckle Whistleflight Fitzgibbons deixou o mundo dos vivos e partiu para os planos eternos. Antes de dar seu último suspiro, a gnoma chamou a seu leito seus dois filhos, Krankle Agathocles Muckbuckle Whistleflight e Pingin Agathocles Muckbuckle Whistleflight e lhes revelou um mapa. Ela apenas balbuciou “Quasqueton” e faleceu.

Os desenhos e inscritos descrevem o Marco Ocidental, uma área ao oeste de Cormyr, ao norte do pântano de Tun. Na margem inferior direita, as iniciais R e Z estão grafadas e há um marco em vermelho, ao Oeste de Aris, onde uma palavra estava escrita e agora apenas quatro letras podem ser vistas: “Quas...”.

Krankle Agathocles Muckbuckle Whistleflight

Pode ser apenas uma coincidência, mas que riquezas e itens mágicos poderiam estar estocados no antigo forte de Rogahn e Zelligar, ao alcance de quem for audacioso o bastante para tentar? Sim, há muitos riscos, mas a probabilidade de mudar de vida é tentadora demais para não se arriscar. Afinal, o que eles têm a perder? A vida de aventureiro é a única esperança para sobreviver nesse mundo desgraçado.

Há muita liberdade em vagar pelo mundo, é verdade, mas é uma vida difícil. O ouro escorre das mãos na mesma proporção que o sangue de suas feridas. Pelo menos, é vida deles, do jeito deles. E, se tiverem sorte, forem espertos e teimosos, eles podem chegar ao topo. Há muitos tesouros a serem descobertos lá fora e a lei é misericordiosamente generosa: quem achou é o dono. Quem sabe, depois disso, eles possam realmente serem heróis como Rogahn e Zelligar, lutando pelos seus valores, tornando-se um exemplo para futuros aventureiros.

Pingin Agathocles Muckbuckle Whistleflight

Assim, os dois irmãos venderam o que lhes restava (nada mais que uma pequena propriedade rural perto de Dhedluk) e partiram com apenas uma cabra, uma mula e algumas moedas. Em Estrela Vespertina, conheceram Elisande Verde Folha, filha adotiva da famosa aventureira Brida Verde Folha, hoje a Guardiã de Arabel, e seu amigo Adoven, um halfling clérigo de Yondalla. O destino parecia sorrir e os quatro uniram-se, prontos para partir para o Marco Ocidental.

Há quatro dias, em Ala Alta, eles conseguiram seu primeiro trabalho: escoltar um grupo de trabalhadores até a vila de Garnerr, às margens do rio Tun, há cerca de um dia do Forte Aris. O resto, nós já sabemos.

Por hoje, é isso, pessoal! Não tivemos sessão esta semana, mas aguardem pela próxima!


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