Finalmente conseguimos ter uma sessão de três horas, como era nosso costume. Assim, conseguimos avançar bastante e quase concluímos a primeira parte da aventura (leia-se "resgatar Alarico"). Na última sessão, os personagens haviam eliminado os orcs que dormiam na caserna e preparavam-se para seguir com a exploração.
Pingin foi à frente e ouviu a voz de Adoven através de uma porta. O halfling parecia lutar contra alguém enquanto um orc ria. Os aventureiros que possuíam armas à distância se prepararam diante da porta, Elisande a abriu de supetão e todos avançaram.
A situação era terrível: Adoven estava praticamente nu, armado com um pedaço de ferro e encurralado por uma aranha gigante. No outro lado da sala, um orc gargalhava com o desespero do pequeno halfling. Pingin não hesitou e, com apenas um disparo da besta, eliminou a aranha. Krankle também inspirou-se, mas seu tiro sequer feriu o orc. Tarie, a mercenária meio-elfa, atirou com seu arco e eliminou o inimigo.
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| Adoven e a aranha gigante |
Enquanto ouviam Adoven contar o que havia acontecido, o grupo comeu e bebeu o brandy que encontraram na sala do orc. O clérigo halfling contou que o grupo com que estava fora atacado durante à noite. A sentinela havia sido morta e os outros dois soldados foram rendidos. Um quarto Dragão Púrpura conseguiu escapar, não sem levar algumas flechadas. Assim, todos foram trazidos para as cavernas. Adoven foi levado por ser um conjurador divino. Temendo seu destino, Adoven fingiu ser só mais um halfling aventureiro.
Adoven guiou o grupo e mostrou a passagem secreta por onde o outro clérigo havia sido levado. Pingin foi à frente, mas, logo na primeira curva literalmente esbarrou em um orc e os dois rolaram pelo chão. O gnomo foi rápido, recuperou-se e, com mais um tiro certeiro, eliminou seu inimigo.
Um pouco à frente, encontraram uma armadilha de fosso. Pingin removeu as placas que a escondiam. Em uma sala ao lado da armadilha, encontraram o cadáver de um orc que havia sido torturado. O ladrão prosseguiu e encontrou uma porta dupla com um estranho símbolo. Sem conseguir decifrá-lo, chamou todo o grupo. Ao ver a marca, Fundo, o mercenário meio-orc, sinalizou por silêncio e pediu que o seguissem. Ao mesmo tempo, do outro lado da porta, ordens foram ouvidas e passos em direção a ela foram escutados. O grupo conseguiu escapar por pouco, escondendo-se na esquina do corredor. A criatura que saiu pela porta não os seguiu, acreditando ser algum dos outros orcs que os perturbava.
Fundu disse que o símbolo sinalava que ali era a sala do líder dos orcs. Os aventureiros elaboraram um plano para combatê-los em terreno conhecido. Pingin derramou um frasco de óleo na esquina em que estavam. Depois, todos posicionaram-se do outro lado da armadilha de fosso, exceto Adoven, que ficou próximo à poça de óleo.
Usando sua magia de ilusão, Krankle fez parecer com que a armadilha houvesse sido ativada, mas como se ela fosse do lado oposto ao que realmente era. Adoven, então, gritou a plenos pulmões por Alarico, dizendo que havia conseguido escapar e que estava buscando por ele. Novamente a porta se abriu. O halfling correu para seus amigos e todos os que possuíam armas à distância posicionaram-se para atacar quem quer que fosse. Quando um orc surgiu na esquina, duas bestas, um arco e uma funda o alvejaram, mas nenhum ataque o acertou. O orc recuou, clamando por ajuda.
Os aventureiros se prepararam para uma nova investida. Segundos depois, dois orcs, um xamã orc e o próprio líder orc apareceram. Como nenhum lado conseguiu surpreender o outro, o combate ocorreu normalmente. Para a sorte do grupo, os aventureiros venceram a primeira rodada. Pingin derrubou o primeiro orc e Tarie derrubou o xamã. Elisande tentou lançar uma tocha para acender o óleo, mas não conseguiu. O líder orc enfureceu-se e incitou seu soldado a avançar. No entanto, o orc não percebeu a ilusão e caiu no fosso. A fúria do líder orc era tamanha que também o deixou cego e, assim como seu soldado, caiu na própria armadilha.
Já no fundo do fosso, o líder deu-se por vencido e tentou negociar. Krinkle mediu as negociações, mas Adoven clamava pela morte das criaturas que o haviam sequestrado. Por fim, o líder orc lançou a Krinkle uma chave que tinha em seu pescoço e que, segundo ele, abriria a cela onde Alarico estava preso.
Clyde e Fundu permaneceram vigiando os dois orcs, enquanto os demais foram até a sala do líder. Ali, além de uma mesa, um grande trono de madeira e ferro enfeitavam a sala. Pingin logo encontrou Alarico, muito ferido e em estado de choque: além de tudo o que passara, o clérigo era claustrofóbico e fora mantido em uma sala minúscula e sem iluminação.
Krinkle investigou outra porta e, nela, encontrou seis orcs fêmeas e seus três filhotes, um deles usando a armadura de Adoven. Enquanto seu irmão tentava acalmar os indefesos, Pingin entrou em outra sala, o próprio quarto do general orc. Ali, destrancou um baú com extrema perícia e, dentro dele, afundou seus dedos em joias e moedas. Era a maior quantidade de ouro que jamais havia visto.
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| Clássico dilema do bebê orc |
Neste momento, ouviram um grito de Clyde. Ele e Fundu foram surpreendidos por um bugbear e defenderam-se como puderam. Assim que o restante do grupo chegou ao local, encontraram Clyde caído e Fundu brandindo seu machado. O bugbear foi atacado e, vendo que estava perdido, tentou negociar. No entanto, Adoven não permitiu que ele permanecesse vivo e, com um último golpe, o derrubou. Depois, o halfling clérigo usou sua magia para salvar a vida de Clyde que agonizava no chão.
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| Bugbear derruba Clyde |
Agora, o grupo precisa levar Alarico e o tesouro encontrado para casa, não sem antes decidir sobre uma questão moral: o que fazer com os dois orcs presos na armadilha? E as fêmeas e filhotes presos por Krinkle em outra sala? E o restante dos orcs, que permanecem bebendo, alheios ao que se passa algumas salas ao lado da sua? Isso fica para a próxima semana... um abraço e até lá!
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